Outubro Verde: ações de prevenção e combate à sífilis em Porto Velho

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Outubro Verde: ações de prevenção e combate à sífilis em Porto Velho

Infecção é causada, principalmente, por relação sexual desprotegida

Porto Velho, RO - Outubro é um mês dedicado à conscientização e combate à sífilis, uma infecção bacteriana sistêmica, crônica e curável. A campanha Outubro Verde chama a atenção para as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Em Porto Velho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) intensifica esforços para informar a população sobre a gravidade da sífilis e as formas de prevenção, com atividades de testagem, acompanhamento de gestantes, distribuição de preservativos, entre outras ações.

O que é a sífilis?

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Se não for tratada, pode evoluir para estágios mais graves, afetando o coração, o cérebro e outros órgãos.

A doença tem diferentes fases (primária, secundária, latente e terciária), cada uma com seus sintomas específicos. No estágio primário, surgem feridas indolores, chamadas de "cancros", no local da infecção. Se não tratada, pode evoluir para outros estágios, com sintomas como erupções cutâneas, febre e, em casos graves, lesões internas.

Transmissão e Prevenção

Testes rápidos de sífilis e outras IST estão disponíveis em todas as unidades de saúde

A sífilis é transmitida principalmente por contato sexual desprotegido, mas também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, resultando na sífilis congênita. "O uso correto de preservativos, tanto interno quanto externo, é a principal forma de prevenção", destaca a médica Ethianne Bastos, coordenadora municipal da sífilis.

A Semusa distribui preservativos gratuitamente em todas as suas unidades e realiza ações de conscientização sobre o uso adequado.

Além disso, a rede municipal de saúde oferece testes rápidos para detecção de sífilis e outras ISTs, como HIV, hepatite B e C. "A testagem é fundamental, especialmente entre as populações vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas vivendo com HIV, profissionais do sexo e usuários de drogas", explica Ethianne.

Números

No período de janeiro a setembro de 2024, foram confirmados 528 casos de sífilis em Porto Velho, sendo 306 em homens e 222 em mulheres. Em 2023, o município registrou 926 casos, com 563 ocorrências em homens e 363 em mulheres.

Uso da camisinha masculina ou feminina é a única forma de evitar a doença

A sífilis congênita, que ocorre quando a doença é transmitida de mãe para filho, registrou 7 casos em 2024 até o mês de setembro, enquanto em 2023 foram 22 casos.

A incidência maior entre os homens é um padrão observado ao longo dos anos. Em 2023, 60,8% dos casos ocorreram em homens, enquanto em 2024, o percentual foi de 58%. Ethianne Bastos destaca que o monitoramento constante desses números é essencial para identificar áreas de maior incidência e intensificar as ações preventivas.

Importância da notificação

O Departamento de Vigilância em Saúde (DCS) da Semusa desempenha um importante papel no combate à sífilis em Porto Velho. Além de monitorar e controlar os casos, a equipe de vigilância trabalha em conjunto com outros departamentos, como o de Atenção Básica, para evitar a transmissão vertical da sífilis – de mãe para filho.

A notificação de casos, feita pelos profissionais de saúde, permite um mapeamento mais eficiente das áreas com maior incidência, o que possibilita a intensificação de ações específicas nessas localidades. "A mobilização dos profissionais e gestores de saúde é fundamental para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, especialmente nas gestantes, reduzindo assim os casos de sífilis congênita", reforça Ethianne.

Intensificação das ações

Foram confirmados 528 casos de sífilis em Porto Velho, de janeiro a setembro de 2024

Embora as ações de prevenção aconteçam durante todo o ano, em outubro, com a chegada do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, comemorado no terceiro sábado do mês, a Semusa intensifica suas atividades e reforça que o combate à sífilis depende não apenas do diagnóstico e tratamento, mas também da conscientização de toda a população sobre os riscos e formas de prevenção.

"A sífilis é uma doença que tem cura, mas é preciso que, aos primeiros sinais, as pessoas procurem uma unidade para ser avaliado pelo profissional de saúde (enfermeiro e/ou médico), tendo em vista que o enfermeiro da Estratégia Saúde da Família realiza atendimento e a prescrição do tratamento", conclui a médica Ethianne Bastos.

19/10 - Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita

O 3º sábado do mês de outubro, comemorado no próximo sábado (19), foi instituído como Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita por meio da Lei nº 13.430/2017.

O objetivo desta data é estimular a participação dos profissionais e gestores de saúde nas atividades alusivas ao tema, enfatizando a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis na gestante durante o pré-natal e da sífilis em ambos os sexos como doença sexualmente transmissível.

Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

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