Irã intensifica ofensiva diplomática na ONU para isolar Israel

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Irã intensifica ofensiva diplomática na ONU para isolar Israel

O Irã está reforçando sua ofensiva diplomática na ONU para isolar Israel, enquanto fortalece apoio ao Hezbollah. Foto: Reprodução

Porto Velho, RO - O Irã tem usado a Assembleia Geral da ONU para promover uma ofensiva diplomática contra Israel, com foco em isolar o país globalmente.

Durante o evento, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, reforçou que não há interesse em reduzir tensões com o estado de Israel, acusando o país de “crimes” em Gaza e no Líbano. Enquanto isso, Israel lança ataques contra alvos do Hezbollah, movimento apoiado pelo Irã.

Além disso, Pezeshkian se reuniu com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e outros líderes mundiais, como os presidentes da Jordânia e da China, com o objetivo de fortalecer alianças regionais e globais.

O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, também realizou diversos encontros diplomáticos em Nova York, criticando os ataques israelenses no Líbano e defendendo a responsabilidade dos EUA e seus aliados pelas consequências no Oriente Médio.

A estratégia iraniana visa consolidar o apoio de países como China e Rússia, que compartilham interesses estratégicos com o Irã, criando um bloco mais forte em oposição aos aliados ocidentais de Israel.

Histórico das tensões entre Irã e Israel

As relações entre Irã e Israel passaram por transformações radicais desde 1948, quando os dois países ainda mantinham uma aliança estratégica, até os dias atuais, marcados por hostilidade aberta e conflitos indiretos.

1948-1979: Aliança Estratégica

O Irã, sob o regime do Xá Mohammad Reza Pahlavi, foi um dos poucos países de maioria muçulmana a reconhecer Israel logo após sua criação. Durante esse período, os dois Estados colaboraram em áreas como comércio e cooperação militar, mantendo uma relação pragmática.

1979: Revolução Islâmica 
 
A Revolução Islâmica de 1979 alterou drasticamente essa dinâmica. O novo governo iraniano, liderado pelo Aiatolá Khomeini, adotou uma política radicalmente antissemita, rompendo os laços diplomáticos e declarando Israel como um “regime ilegítimo” que deveria ser erradicado.

1980-1990: Apoio ao Hezbollah e Conflitos Indiretos

Durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988), Israel teria fornecido armas ao Irã no escândalo Irã-Contras. Entretanto, esse período também viu o fortalecimento do Hezbollah, grupo terrorista libanês apoiado pelo Irã, que entrou em conflito direto com Israel.

1990-presente: Hostilidade Aberta

Desde a década de 1990, as tensões escalaram com o Irã apoiando abertamente grupos como Hamas e Hezbollah, que se opõem a Israel. O programa nuclear iraniano se tornou o foco de preocupação, com Israel vendo-o como uma ameaça existencial e realizando ataques contra instalações nucleares iranianas. Nos últimos anos, a escalada incluiu confrontos com drones e mísseis entre os dois países.

Fonte: O ANTAGONISTA

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