As transferências via DOC serão encerradas no dia 15 deste mês, a data-limite para agendamento será em 29 de fevereiro. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Porto Velho, RO - A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que, a partir do dia 15, as instituições financeiras associadas deixarão de realizar transferências via Documento de Ordem de Crédito (DOC).
Essa mudança afetará tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas (empresas), marcando o fim de um meio de pagamento tradicional. A Transferência Eletrônica Disponível (TED) continuará sendo uma opção válida.
A Febraban também anunciou o fim das operações de Transferência Especial de Crédito (TEC) feitas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.
De acordo com a entidade, a data-limite para agendamento de um DOC será em 29 de fevereiro, quando o sistema será definitivamente encerrado. As instituições financeiras terão até essa data para processar todos os agendamentos feitos pelos clientes.
A suspensão do DOC se deve ao fato de que esse meio de pagamento tem sido pouco utilizado desde a implementação do Pix, em novembro de 2020.
O Pix não possui cobrança de tarifas bancárias e se tornou uma opção mais atrativa para os usuários.
Segundo dados do Banco Central levantados pela Febraban, no primeiro semestre de 2023, foram realizadas apenas 18,3 milhões de transações via DOC, representando apenas 0,05% do total de 37 bilhões de transferências e pagamentos feitos no ano passado.
Em relação ao valor máximo por transação, tanto as operações de TEC (empresas) quanto as de DOC (pessoas físicas e jurídicas) têm um limite de até R$ 4.999,99.
A principal diferença entre as operações de TEC e DOC é que a TEC permite que o emissor transfira recursos para diferentes contas ao mesmo tempo, enquanto no caso do DOC isso não é possível.
Com essa mudança, o Pix se consolida cada vez mais como uma das principais formas de transferência de valores no Brasil. No primeiro semestre de 2023, foram realizadas cerca de 17,6 bilhões de transações via esse sistema de pagamento, ultrapassando outras modalidades como cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões) e cartão de crédito (8,4 bilhões).
Fonte: O Antagonista
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