Decreto assinado nesta quinta-feira inclui cônjuges, filhos e pais
Porto Velho, RO - O presidente russo, Vladimir Putin, assinou decreto nesta quinta-feira (4) permitindo que estrangeiros que lutam pela Rússia na Ucrânia obtenham a cidadania russa para si e suas famílias.
O decreto diz que as pessoas que assinaram contratos durante o que Moscou chama de "operação militar especial" na Ucrânia podem solicitar passaportes russos para si e para seus cônjuges, filhos e pais. Elas precisam fornecer documentos que comprovem que assinaram um contrato de no mínimo um ano.
Os elegíveis incluem pessoas que assinaram contratos com as Forças Armadas ou outras formações militares - descrição que pode se aplicar a grupos como a organização mercenária Wagner.
A medida parece ter como objetivo criar incentivos adicionais para que estrangeiros com experiência militar se inscrevam para ingressar nas fileiras russas.
Moscou não publica dados sobre o número de estrangeiros que lutam ao seu lado na Ucrânia. No entanto, a Reuters já noticiou sobre cubanos que se alistaram nas Forças Armadas em troca de bônus equivalentes a mais de 100 vezes o salário médio mensal cubano e três africanos recrutados por Wagner, dos quais dois foram mortos em combate.
Um relatório da inteligência dos Estados Unidos avaliou que a guerra da Ucrânia custou à Rússia 315 mil soldados mortos e feridos, ou quase 90% do pessoal que tinha quando o conflito começou, disse fonte familiarizada com a inteligência à Reuters no mês passado.
A Rússia convocou mais 300 mil homens em setembro de 2022, em sua primeira mobilização desde a Segunda Guerra Mundial. Tem havido especulações de que o país poderia repetir a medida impopular, talvez após a próxima eleição presidencial em março, na qual Putin concorrerá a novo mandato de seis anos.
No entanto, o Kremlin tem dito repetidamente que não é necessária nenhuma mobilização adicional, porque centenas de milhares de homens assinaram contratos voluntários no ano passado para se tornarem soldados profissionais.
Rússia e Ucrânia não divulgaram a extensão de suas perdas na guerra de 22 meses.
Fonte: Mark Trevelyan - Repórter da Reuters*
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