Guerra matou até agora 25.820 pessoas
Porto Vrelho, RO - O México e o Chile expressaram “crescente preocupação” com a “escalada da violência” da guerra entre Israel e Hamas, em documento enviado ao Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre possíveis crimes.
Militantes do Hamas lançaram um ataque surpresa em Israel em outubro, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e tomando 253 reféns, com vários relatos de estupros e mutilações. A ofensiva israelense em retaliação, na Faixa de Gaza, causou uma reação global em função da morte de civis, especialmente crianças.
Autoridades de Gaza, que é governada pelo Hamas, disseram que o número de mortos subiu para 24.620, com muitos outros possivelmente soterrados nos escombros.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do México afirmou que o TPI é o fórum correto para estabelecer potenciais responsabilidades por crimes, “sejam cometidos por agentes da força que ocupa o poder, ou do poder que foi ocupado”.
“A ação de México e Chile ocorre devido à crescente preocupação quanto à escalada da violência, particularmente contra alvos civis”, disse.
Crimes de guerra
Israel não integra a corte, que tem sede em Haia, e não reconhece a sua jurisdição. Mas o promotor do tribunal disse que o órgão tem jurisdição sobre potenciais crimes de guerra cometidos pelos militantes do Hamas em Israel ou por israelenses na Faixa de Gaza.
O chanceler do Chile, Alberto van Klaveren, afirmou nessa quinta-feira (18), em Santiago, que o país está “interessado em ajudar na investigação de qualquer possível crime de guerra” que possa ter ocorrido.
O México disse que está seguindo de perto o processo impetrado na semana passada na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em que a África do Sul acusa Israel de realizar genocídio na Faixa de Gaza, e exigindo que o tribunal emita uma suspensão de emergência da campanha militar israelense. Israel nega as acusações.
Tanto a CIJ quanto o TPI julgam casos de genocídio, com o primeiro resolvendo disputas entre países, e o segundo analisando indivíduos pelos seus crimes.
Fonte: Kylie Madry - da agência Reuters
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