Hospitais estão sem recursos, incluindo reservas de combustível
Porto Velho, RO - O Ministério da Saúde do grupo islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, alertou que o sistema de saúde do enclave "atingiu a pior fase da sua história" devido ao bloqueio imposto por Israel.
Em comunicado, o ministério avisou que os hospitais estão sem recursos, incluindo reservas de combustível, e por isso vão ficar sem energia, e com as instalações superlotadas devido ao grande número de mortos e feridos.
Pelo menos 57 palestinos morreram nesta terça-feira (24) de manhã, em novos bombardeios das Forças de Defesa de Israel contra as cidades de Khan Younis e Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Os ataques a residências e a um posto de gasolina em Khan Yunis deixaram até agora 23 mortos e 80 feridos, informou a agência de notícias palestina Wafa.
Em Rafah, 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas depois de o Exército israelense ter bombardeado edifícios residenciais, de acordo com fontes palestinas. Estão sendo feitas operações de resgate.
Também em Gaza, o jornalista palestino Mohamed Imad Labad morreu durante ataque israelense a um local perto da sua casa, no bairro de Sheikh Radwan, elevando para 20 o número de jornalistas mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Pouco depois, o jornal palestino Filastin, ligado ao Hamas, anunciou o resgate de dois corpos dos escombros de Khan Yunis e de três em Rafah.
O escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários anunciou na madrugada de hoje a morte de seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, o principal organismo de ajuda humanitária que ainda pode trabalhar em Gaza.
Isso eleva para 35 o número de funcionários da instituição mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
Em mensagem na rede social X, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, lamentou as mortes e disse que está ao lado dos funcionários, "que tudo fazem para ajudar quem mais necessita".
Fonte: Rosa Azevedo - Repórter da RTP
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