Mais 12 caminhões entraram em Gaza com ajuda humanitária, nesta quinta
Porto Velho, RO - Israel disse que suas forças terrestres entraram em Gaza durante a noite para atacar alvos do Hamas, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está "se preparando para uma invasão terrestre" que pode ser uma entre várias.
"Não entrarei em detalhes sobre quando, como ou quantas", disse ele em uma atualização em pronunciamento na televisão para os cidadãos na noite de quarta-feira.
Há três semanas, o enclave (termo da geografia, que se refere a um território totalmente cercado por outro, com características políticas, sociais e culturais distintas) palestino sitiado é alvo de bombardeio israelense, desencadeado por uma onda de assassinatos em massa no Sul de Israel perpetrado por militantes do Hamas que comandam Gaza, com apoio do Irã.
Palestinos se juntam em Khan Younis, no Sul de Gaza, após mais um ataque israelense - REUTERS/Mohammed Salem
Número de reféns atualizado
O Hamas ameaçou matar alguns dos reféns que levou para Gaza, dos quais, segundo Israel, mais da metade tem passaporte estrangeiro, de 25 países. Dados divulgados pela Reuters, "a partir de fontes militares israelenses" indicam que o número de reféns sequestrados chega a 224.
Desde então, outros grupos apoiados pelo Irã tentaram atacar Israel em outros lugares da região; líderes ocidentais temem que um alto número de mortes entre civis palestinos, que já foram mortos em grande número por ataques aéreos israelenses, possa desencadear uma guerra mais ampla. Até o momento, o Ministério da Saúde de Gaza reporta 7.028 mortos no enclave, dos quais 2.913 são crianças.
Incursão e ataques aéreos
A rádio do Exército israelense disse que os militares realizaram durante a noite sua maior incursão no Norte de Gaza na atual guerra contra o Hamas, que Israel prometeu eliminar.
Mais tarde, os militares divulgaram um vídeo no X mostrando veículos blindados atravessando a barreira altamente fortificada de Israel e explodindo prédios "em preparação para os próximos estágios de combate".
"Tanques e infantaria atingiram várias células terroristas, infraestrutura e postos de lançamento de mísseis antitanque", afirmaram.
Ataques israelenses atingiram região próxima a campos de refugiados, no Sul de Gaza – REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Os palestinos em Gaza disseram que os ataques aéreos israelenses bombardearam o território novamente durante a noite e as pessoas que vivem na região central de Gaza, perto do campo de refugiados de Bureij e a leste do vilarejo de Qarara, relataram bombardeios intensos de tanques durante toda a noite.
O Hamas não comentou diretamente sobre o relato israelense, mas disse que seu braço armado havia atingido um helicóptero israelense a leste de Bureij. O Exército israelense disse que "não estava ciente disso".
Ajuda humanitária
Workers sort aid to be distributed to Palestinians, as the conflict between Israel and Palestinian Islamist group Hamas continues, at a United Nations-run facility, in Khan Younis in the southern Gaza Strip, October 26, 2023. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa - REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Muitos palestinos estão se abrigando em hospitais, escolas, casas e campos de refugiados existentes em Khan Younis e nas ruas, depois que Israel advertiu para que palestinos deixassem suas casas no Norte da Faixa de Gaza.
Os suprimentos humanitários estão em um nível extremamente baixo, incluindo água potável e combustível, que mantém geradores de hospitais em funcionamento. As potências mundiais, no entanto, não conseguem chegar a um acordo nas Nações Unidas sobre como solicitar uma trégua nos combates para entregar quantidades significativas de ajuda.
O Crescente Vermelho Palestino disse que 12 caminhões atravessaram do Egito transportando alimentos, água e suprimentos médicos nesta quinta-feira (26), totalizando 74 caminhões desde sábado (21), o que ainda é apenas uma pequena fração das necessidades de Gaza em tempos de paz. Israel não permitiu a entrada de combustível, alegando que o suprimento seria usado pelo Hamas.
Fonte: Nidal al-Mughrabi – repórter da Reuters
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