Propagação de dengue no Sudão é "catastrófica" e mata centenas

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Propagação de dengue no Sudão é "catastrófica" e mata centenas


País vive conflito que já matou 7,5 mil pessoas, desde abril

Porto Velho, RO - A dengue e a diarreia aguda estão aumentando em ritmo "alarmante" e causando "centenas de mortes" no Sudão, onde a guerra forçou o fechamento de 100 hospitais, alertaram hoje médicos que pedem ajuda para conter a propagação.

O estado mais afetado é Gedaref, na fronteira com a Etiópia, onde "a velocidade de propagação da dengue é catastrófica" e já provocou "centenas de mortes e milhares de casos de contaminação", alertou o Sindicato dos Médicos do país.

A estação das chuvas, marcada todos os anos pela propagação de epidemias de malária e de dengue, é ainda mais devastadora este ano, após mais de cinco meses de guerra entre os dois generais no poder em Cartum.

"A situação é particularmente complicada para as crianças doentes, porque enquanto algumas são hospitalizadas, a maioria é tratada em casa", declarou um médico da região.

Amal Hussein, um residente de Gedaref, disse à agência France-Presse (AFP) que, "em cada casa, há pelo menos três pessoas doentes com dengue", doença transmitida por mosquitos que provoca febre alta e hemorragia e pode ser fatal se não for devidamente tratada.

Em El-Facher, a capital da região de Darfur do Norte, "foram registados 13 casos de malária em uma semana", de acordo com o Ministério da Saúde.

Em Cartum, "três pessoas morreram de diarreia aguda" entre as "14 hospitalizadas apenas no domingo (24)" no bairro de Hajj Youssef, no leste da capital, afirmou o comitê de resistência do bairro.

"Tomem precauções para evitar o contágio", apelou o comitê, que organiza ajuda entre os habitantes, desde que os dois generais que disputam o poder entraram em guerra, a 15 de abril.

O conflito causou a morte de 7,5 mil pessoas, segundo estimativa, milhões de deslocados e refugiados, e pôs fim a um sistema de saúde que já era insuficiente há décadas em um dos países mais pobres do mundo.

Dezenas de hospitais foram bombardeados ou ocupados por combatentes, e os estoques das instalações que ainda funcionam estão esgotados ou foram saqueados.

Mesmo antes do início da guerra, um em cada três sudaneses tinha de caminhar, em média, mais de uma hora para encontrar um centro de saúde e apenas 30% dos medicamentos essenciais estavam disponíveis.

Fonte: Lusa - Porto Sudão

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