Na capital ucraniana, bombardeio deixou uma pessoa morta
Porto Velho, RO - O Ministério da Defesa da Rússia acusou a Ucrânia de ter lançado, na madrugada desta terça-feira (30), um ataque com aparelhos aéreos não tripulados contra a região de Moscou em uma operação que classificou como ação "terrorista".
Segundo o Kremlin, as forças russas abateram oito drones ucranianos que visavam a capital russa, um ataque raro que ocorreu ao mesmo tempo em que a capital ucraniana, Kiev, foi alvo de uma terceira onda de ataques em 24 horas.
"No início desta manhã, um ataque com drones causou danos menores a vários edifícios. Todos os serviços de emergência da cidade se encontram no local", escreveu o presidente da câmara de Moscou, Sergei Sobyanin, na Telegram.
Segundo a mesma fonte, não há feridos graves nem vítimas fatais, "apenas duas pessoas receberam tratamento médico em ambulatório".
"Cerca de 25 drones foram projetados contra Moscou (...). Um deles levava artefatos explosivos que não explodiram", indicou Sobyanin.
Também o governador da região de Moscou, Andrei Vorobiov, disse que na manhã de hoje os residentes da província (Moscou) ouviram o som de explosões "devido à ação das defesas aéreas".
"Vários drones foram abatidos quando se aproximavam de Moscou", informou Vorobiov.
O Ministério da Defesa russo classificou o bombardeio como um "ataque terrorista" de Kiev e afirmou ter neutralizado todos os oito drones envolvidos.
“Nesta manhã, o regime de Kiev lançou um ataque terrorista de drones contra a cidade de Moscou. Foram lançados oito drones do tipo aeronave, no ataque. Todos os aparelhos inimigos foram abatidos”, informou o Ministério.
Na região do aeroporto de Domodevo, próximo a Moscou, “não se detectaram drones” e “as decolagens e aterrissagens ocorreram conforme o horário", segundo a assessoria de imprensa da segunda maior estrutura aeroportuária da capital russa.
Segundo agências internacionais, ataque com drones contra Moscou ainda não foi comprovado por entidades independentes e o governo ucraniano não se pronunciou. Se confirmado, seria o ataque mais grave contra a capital russa desde o dia 2 de maio, dia em que as autoridades russas acusaram Kiev de um suposto ataque também com aparelhos não tripulados contra o edifício do Kremlin, que é a sede da Presidência da Rússia.
Ataque em Kiev deixa um morto
Prédio de apartamentos danificado durante ataque russo a Kiev - REUTERS/Valentyn Ogirenko
Pouco antes do anúncio do ataque de drones a Moscou, a Ucrânia já tinha denunciado um “ataque massivo” contra a capital Kiev que provocou a morte de uma pessoa, no terceiro ataque à região em apenas 24 horas.
"Das 23h30 às 4h30, as tropas de ocupação russas atacaram a Ucrânia" com 31 drones Shahed-136/131 de fabricação iraniana, 29 dos quais foram interceptados, "quase todos perto da capital e nos céus de Kiev", informou a Força Aérea Ucraniana no Telegram.
“Uma pessoa morreu, uma idosa foi hospitalizada, duas vítimas foram tratadas no local”, disse o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko.
Os destroços dos drones caíram sobre um prédio de vários andares no bairro de Holosiivsky, no sul da capital ucraniana. Ainda de acordo com a administração civil e militar de Kiev, 20 pessoas foram retiradas do prédio em questão.
"Os dois andares de cima estão destruídos, pode haver pessoas sob os escombros", acrescentou a Força Aéraa no Telegram.
No início da noite, Klitschko tinha anunciado que uma mulher de 27 anos foi hospitalizada após a queda de detritos, também em Holosiivsky.
As autoridades dizem que o ataque noturno foi provocado por drones, sendo que outros destroços que caíram incendiaram uma casa no bairro de Darnytskyi, também no sul da cidade, e três automóveis no bairro central de Pechersky.
Os detritos caíram ainda sobre uma empresa no bairro de Svyatoshynskyi, em Kiev ocidental. As sirenes de alerta aéreo soaram durante a noite na capital ucraniana nas regiões de Cherkasy (centro), Kirovohrad, Mykolayiv e Kherson (sul).
Já na segunda-feira (29) mísseis russos foram lançados em plena luz do dia em Kiev, semeando o pânico nas ruas, após mais uma noite de bombardeios, e vários moradores se refugiaram em abrigos subterrâneos, principalmente nas instalações do metro.
Fonte: Inês Moreira Santos – Repórter da RTP
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