Porto Velho, RO - O Ministério Público da Bolívia pediu nesta segunda-feira (6) a prisão e a extradição do ex-presidente Evo Morales, sob acusação de terrorismo. O ex-presidente, afastado do poder por um golpe de Estado, vive com o status de refugiado em Buenos Aires, na Argentina.
A acusação foi emitida por uma comissão de promotores anticorrupção devido ao chamado "caso áudio", que investiga uma gravação telefônica em que o ex-presidente teria convocado apoiadores na Bolívia a bloquear ruas e estradas durante os atos que ocorreram depois de sua saída do país por pressão do Exército, informa a Folha de S.Paulo. Os áudios revelariam conversas de Evo com o ativista e dirigente cocaleiro Faustino Yucra.
Para o Ministério Público Evo Morales "instruiu o dirigente cocaleiro a cometer atos ilícitos durante os episódios violentos registrados no país a partir do dia 10 de novembro."
O derrotado candidato à Presidência Carlos Mesa se soma à acusação, ao afirmar que há evidências de que Evo esteve por trás das manifestações populares contra a posse da interina Jeanine Añez, inclusive causando bloqueios em sistemas de abastecimento de comida e de coleta de lixo.
Evo comentou a decisão nas redes sociais: "De maneira ilegal e inconstitucional, a Procuradoria, em La Paz, pretende acusar-me de terrorismo com um áudio alterado e sem ser notificado, uma prova mais de que há uma perseguição política do governo ditatorial. Logo voltará a democracia e o Estado de Direito
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