Porto Velho, RO - O Tribunal de Contas de Rondônia suspendeu a realização do pregão eletrônico 153/2019, que iria escolher a nova empresa responsável pela coleta do lixo hospitalar nos hospitais do Estado, no valor de quase R$ 7 milhões, por 12 meses de serviço.
A suspensão ocorreu através de uma liminar pedida pela empresa Ecofort Engenharia Ambiental, que é quem detém atualmente o contrato da coleta interna externa, transporte, tratamento (incineração ou autoclavagem), e destinação desse material.
Com a suspensão do pregão, a conta vai ficar mais cara para o bolso do contribuinte. A Sesau foi obrigada a contratar emergencialmente, sem licitação, a empresa Amazon Fort, praticamente pelo mesmo valor (R$ 6,2 milhões), mas pela metade do tempo de serviço: seis meses.
Nos corredores do Executivo e na própria Assembleia Legislativa, o assunto que tem sido discutido a boca miúda é que a liminar pode ter sido orquestrada pela própria Ecoforte para beneficiar a Amazonforte. A Ecoforte é da empresária Marselha Rita Serrate e a Ecofor, do esposo dela, Carlos Gilberto Xavier Faria.
O deputado estadual Cirone Deiró já havia se pronunciado sobre o assunto no parlamento, inclusive elogiando a Superintendência de Licitações (SUPEL) pelo trabalho e falou sobre a existência de ´forças obscuras e escusas, nos bastidores da Sesau em relação ao pregão´, inclusive que tinha nomes de algumas figuras.
As declarações do deputado parecem ter se materializado e o pregão acabou sendo suspenso. As famigeradas contratações emergenciais de empresas do lixo hospitalar das unidades estaduais já perduram por mais de três anos, e vão continuar beneficiando um mesmo grupo de empresários e empresas.
Fonte: OOBSERVADOR
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