Porto Velho, RO - Dezesseis anos após sofrer uma tentativa de homicídio, ao tentar defender a irmã em uma briga, uma lavradora identificada como Sirlene Otto, da cidade de Rolim de Moura descobriu que ainda convive com um pedaço da faca utilizada como arma do crime, enfiado em sua cabeça.
A briga aconteceu dia 19 de maio de 2003 e só agora Sirlene descobriu que ainda possui pedaço da faca na cabeça, após ser submetida a um exame de raio-x solicitado por um psiquiatra, em 2017. Sirlene apresentava fortes dores de cabeça e achou que poderia estar com problema mental.
Vítima de um provável erro médico do Hospital Municipal da cidade, onde foi atendida e ficou internada, Sirlene entrou com uma ação indenizatória contra o Município, no valor aproximado de R$ 700 mil (lucros cessantes, pensão vitalícia e danos morais).
A denúncia foi julgada improcedente pelo juízo da 2ª Vara Cível de Rolim de Moura. O município sequer se deu ao trabalho de contestar a acusação e foi absolvido. Na sentença, o juiz Jeferson Cristi Tessila Melo, diz que a vítima não trouxe nenhum laudo que comprovasse parte ou resíduos do metal em seu crânio.
O município não foi considerado revel porque o fato já aconteceu há mais de 15 anos e, portanto, estaria prescrito.
Fonte: O Observador
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