Porto Velho, RO - O juiz Arlen José de Souza, da 1ª. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia, suspendeu a transferência do empresário Chaules Volban Pozzebon, do presídio federal do Mato Grosso do Sul para o presídio de Ariquemes, cidade onde possui domicílio e os negócios que o levaram à prisão em outubro de 2019.
Segundo o magistrado, a suspensão é apenas por questões de saúde, evitando que agentes públicos (policiais e agentes que vão fazer a escola do empresário entre os dois estados), corram riscos desnecessários e se exponham ao Coronavírus e segue determinações do próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Chaules chegou a ficar preso na penitenciaria federal de Porto Velho, mas logo foi transferido para o Mato Grosso do Sul. O empresário é, segundo a Polícia, o maior desmatador da Amazônia e que seria proprietário de nada menos que 120 madeireiras na região, em seu nome ou de laranjas.
O empresário também é apontado pela Polícia como chefe de investigação criminosa e responde por crimes como extorsões, lavagem de dinheiro e lavagem de dinheiro, até agora em fase de julgamento pela Justiça de Rondônia. Na Operação Deforest, realizada em outubro do a no passado, Chalues foi preso com outras 15 pessoas.
Um ex-servidor público e da Comissão Pastoral da Terra, que trabalhou na Secretaria de Desenvolvimento Ambiental liga a atuação do empresário a uma rede de crimes e assassinatos de ambientalistas na região, mas todas essas acusações são veemente rebatidas pela defesa.
Segundo os advogados, o empresário teve suas propriedades invadidas por sem-terras que retiraram madeira de forma irregular, inclusive de área de proteção ambiental para comercialização, na região de Cujubim. O empresário chegou a denunciar o crime para autoridades, mas nunca foi levado a sério.
Os advogados de Chaules sustentam que o empresário contatou funcionários para pedir a retirada dessas pessoas de suas terras para evitar devastação, mas o mesmo grupo de posseiros que se vitimiza vai ao MP e o denuncia por extorsão e crime ambiental. Foi essa suposta inversão de valores uma das razões que levou o empresário à prisão.
Fonte: O Observador
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