Há anos se discute um meio de dar destinação legal a veículos confiscadosPorto Velho, RO - Um caminhão carregado de toras, há meses tomando sol e chuva em Vilhena, e com os troncos já começando a brotar, expõe um problema criticado por muitos, e que parece sem solução: que destino dar a cargas e veículos apreendidos em ações ilegais?
Além deste caminhão, outras centenas de veículos se amontoam nos pátios da PRF e da Ciretran durante anos, e às vezes décadas. Quando são levados a leilão, já viraram sucatas e são vendidos por preços irrisórios para ferros-velhos.
No caso do “toreiro”, estacionado junto com outro de mesmo modelo, um veículo de passeio se enferrujando e mais um caminhão-tanque, entre a Unisp e o MP, pouco se sabe sobre a sua origem.
O desperdício (já que muitos carros, picapes e carretas apreendidas poderiam ser reproveitados legalmente) decorre da burocracia: enquanto processos se arrastam na justiça, o bem confiscado não pode ser repassado.
A situação contrasta com outro tipo de apreensão: quando peixes são encontrados com pescadores ilegais, eles são imediatamente destinados a entidades filantrópicas, que os aproveitam no preparo de refeições.
Na maioria dos casos, principalmente quanto ao transporte ilegal de madeira, além da carga, o próprio caminhão é apreendido, mesmo que o crime ambiental tenha sido cometido por quem contratou o frete, e não pelo dono do veículo flagrado.
Fonte: Folha do Sul
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