Com salão fechado durante pandemia, cabeleireira perde única fonte de renda e expõe drama de informais na maior cidade do Cone Sul

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Com salão fechado durante pandemia, cabeleireira perde única fonte de renda e expõe drama de informais na maior cidade do Cone Sul


 Outros profissionais do segmento vão pressionar autoridades para reabrir

Porto Velho, RO - É dramática a situação da cabeleireira Geralda Aparecida de Jesus, 48 anos, cuja renda foi zerada após ela se ver obrigada a fechar o pequeno salão que funcionava em sua casa, no bairro Assossete, em Vilhena. A pequena empreendedora foi uma das centenas de vilhenenses atingidas pela decisão das autoridades locais de fechar todos os estabelecimentos considerados não essenciais.

Mãe de dois jovens, um deles cumprindo pena no Cone Sul, e outro que tem dificuldades para trabalhar, em virtude de um tiro que levou na barriga, Geralda ainda cuida de dois netos, a quem ajuda. A única filha, casada, é independente.

A cabeleireira revelou que, antes da crise, chegava a faturar de R$ 700 a mil reais por mês, e era com essa renda que ela se mantinha e ajudava os netos. Hoje, os poucos cabelos que faz são com as portas do salão fechadas. Ela revela o motivo da queda no faturamento: “quem tinha um dinheirinho para arrumar o cabelo, tá usando para comprar comida”, disse, desanimada.

Assim como grande parte dos que ficaram sem emprego e sem rendimentos, a vilhenense não sabe como fazer para receber a ajuda de R$ 600 que federal prometeu liberar para informais, como ela. Geralda, aliás, nem sabe como proceder para garantir o benefício, que poderá ser sua única renda pelos próximos meses.

NÃO VOLTA
Ontem, o prefeito Eduardo Japonês (PV) anunciou a flexibilização das restrições ao comércio, em Vilhena, mas manteve salões, clínicas de estética e outros estabelecimentos ligados à beleza fora da lista de autorizados a reabrir as portas.

Com vídeos e postagens nas redes sociais, profissionais do segmento pretendem pressionar o comitê que decide sobre as regras de combate à pandemia, e dizem que são 600 famílias dependendo do serviço para sobreviver na maior cidade do Cone Sul.




Fonte: Folha do Sul

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