Ex-namorado é inocentado de assassinato, mas pega um ano por ocultação de cadáver

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Na Mira do Povo

Ex-namorado é inocentado de assassinato, mas pega um ano por ocultação de cadáver



Apenas um dos envolvidos no assassinato da jovem Jéssica Moreira Hernandes, 17 anos, foi considerado culpado pelo crime, segundo entendeu o Tribunal do Júri da Comarca de Cerejeiras. Jéssica foi morta a facadas em um "teste de fidelidade", que teve a participação do ex-namorado, Ismael José da Silva e o primo Diego de Sá Parente.

Após 30 horas de deliberações, os jurados inocentaram Ismael pelo assassinato, mas consideraram culpado por ocultação de cadáver. Já Diego pegou 18 anos por homicídio qualificado e um ano também por ocultação de cadáver. Como já está preso, não pode recorrer em liberdade.

Entenda o caso

A adolescente Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, desapareceu no dia 20 de abril de 2017, após sair de casa em uma bicicleta. Seu corpo foi encontrado quatro dias depois, Zona Rural de Cerejeiras. No dia do velório da adolescente, três pessoas foram levadas para a Delegacia da Polícia Civil onde prestaram depoimentos: o namorado da vítima, Ismael Silva, o primo dele, Diego Parente; e a esposa de Diego. No mesmo dia, o delegado Rodrigo Spiça pediu a prisão temporária dos três, mas dias depois a esposa de Diego foi solta, por falta de provas que a envolvesse no caso.

Dias depois, depoimentos de testemunhas e imagens de câmeras registradas no dia do assassinato, provocaram uma reviravolta no caso, indicando que apenas Diego estaria envolvido na morte da garota. Na data fatídica e no horário em que a jovem foi “desovada”, as filmagens mostram que Ismael estava trabalhando.

Segundo declarações de testemunhas ouvidas em juízo, Diego teria agido para separar o casal, mostrando a Jéssica, prints de conversas do primo com uma garota.
Ismael não foi pronunciado pelo juiz de primeiro grau, mas o Tribunal de Júri decidiu que apenas o corpo de jurados poderia definir se seria culpado ou não.

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