Mais da metade das vítimas de estupro são crianças de até 13 anos

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Na Mira do Povo

Mais da metade das vítimas de estupro são crianças de até 13 anos


Nas últimas semanas, dois casos de abusos contra crianças entraram na pauta dos noticiários. Eram mães que descobriram que as filhas eram sexualmente violentadas. 

 A primeira notou sua cria triste sem motivos aparentes. A segundaencontrou fotos dos atos libidinosos no celular do pai, algoz das duas meninas. 

Os casos são ilustrações para dados apresentados pelo Atlas da Violência 2018, organizado em parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta terça-feira (5).

Segundo o relatório, que analisou os informações 2016 fornecidas pelo Ministério da Saúde, mais da metade das vítimas de estupro no Brasil são crianças de até 13 anos de idade (50,9%). Na lista dos agressores, amigos e conhecidos lideram o páreo, seguidos de pais e padrastos. A amostra percentual já se mantém há 7 anos.

Na análise comparativa, por outro lado, o número de casos contra adolescentes (14 a 17 anos) caiu em relação a 2015. 

Entretanto, a parcela de vítimas adultas absorveu essa queda, com o agravante de que estão entre os principais alvos de estupros coletivos. Em relação à raça ou cor, as vítimas que se identificam como pardas lideram os números desde 2011.

SUBNOTIFICAÇÃO

O resultado pode ser apenas a ponta de um contexto muito maior. “Certamente, as bases de informações possuem uma grande subnotificação e não dão conta da dimensão do problema, tendo em vista o tabu engendrado pela ideologia patriarcal, que faz com que as vítimas não reportem o crime sofrido”, afirma o relatório.

Os pesquisadores usaram dados internacionais para estimar os possíveis valores reais do número de casos no Brasil. 

Nos Estados Unidos, apenas 15% dos crimes sexuais são reportados às autoridades. Caso o Brasil apresente valor semelhante, os casos podem chegar à casa dos 300 a 500 mil a cada ano.

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