Fla não se impõe e tropeço liga alerta na Libertadores

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Na Mira do Povo

Fla não se impõe e tropeço liga alerta na Libertadores



Por Cahê Mota, Rio de Janeiro




altou intensidade, faltou criatividade, faltou maturidade. O Flamengo que se viu em campo diante do River Plate se mostrou frio como o Nilton Santos sem a presença do torcedor. O problema é que a Libertadores é competição de sangue quente.


No primeiro grande teste de 2018, o Rubro-Negro pareceu mais preocupado em não ser frágil defensivamente e, com exceção de raros momentos de movimentação do quinteto ofensivo, foi um time previsível diante dos argentinos que levam para casa um justo empate por 2 a 2.


Os cariocas pagaram também o preço pela disciplina tática na maior parte do tempo sem a bola. Com exceção de Dourado, o restante se posiciona no campo defensivo e auxiliava a marcação. O resultado foi um time extenuado e sem forças para atacar a partir da metade da etapa final. Tirando os erros de arbitragem, o Flamengo fez pouco para merecer a vitória e não soube conduzir uma partida em que esteve na frente por duas oportunidades.



Jogadores do Flamengo comemoram o gol de Dourado com Diego, aniversariante do dia: Fla saiu na frente, mas cedeu o empate duas vezes (Foto: André Durão)


Com a entrada de Pará na linha defensiva, Paulo César Carpegiani já dava mostras de sua preocupação com o poderio do River Plate, como a equipe ainda não tinha enfrentado na temporada. E os visitantes começaram a partida sem medo, com marcação avançada, tornando o Fla inofensivo. A precaução afastava os setores e obrigava Diego a recuar bastante para iniciar as jogadas no meio de campo.



A lentidão na saída de bola, entretanto, facilitava a recomposição e o Rubro-Negro sempre encarava um River bem postado. Pela esquerda, Everton e Paquetá ainda encontravam algum espaço, mas nada além de cruzamentos sem perigo. Nem mesmo a troca de posição de Paquetá com Everton Ribeiro mudou o panorama em um primeiro tempo entediante.


Diego Alves leva gol defensável


A volta do intervalo apresentou um Flamengo em sua melhor versão, com muita movimentação do quinteto ofensivo. O lado esquerdo continuava a ser o melhor caminho e até Renê passou a se aventurar no ataque. Em uma dessas jogadas, saiu o pênalti em Diego, após cruzamento de Paquetá, e convertido por Dourado. Panorama perfeito: o River teria que sair e daria espaços. Isso se o empate não saísse em sequência.



Carpegiani orienta o Flamengo: treinador colocou Rômulo e Arão quando Jonas e Everton precisaram sair de campo (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)


Rodrigo Mora empatou no minuto seguinte em posição de impedimento. A irregularidade, entretanto, não esconde a saída ruim do gol de Diego Alves. Se não teve experiência para manter a vantagem, o Flamengo teve personalidade para seguir no ataque. A troca de posição dos atacantes seguiu abrindo espaços, tanto que Paquetá e Everton construíram o segundo gol pela direita: lançamento do primeiro para gol do camisa 22, de perna direita.


O Flamengo tinha o mando de campo, vantagem no placar, um River sem muita inspiração, mas não teve perna. A cada minuto que a partida se aproximava do fim, a conta pela exigência física do 4-1-4-1 aumentava, e os argentinos ganhavam terreno no campo de ataque. Rodinei e Rômulo substituíram Pará e Jonas, até que a troca de Everton - que pediu para sair - por Willian Arão, na primeira partida da temporada, aumentou a pressão dos visitantes.



Sem pernas para atacar, o Fla não conseguia segurar a bola e se defendia como podia. Aos 41, não pôde mais. Apesar de ter Rômulo e Arão em campo, a cabeça da área ficou desprotegida e Mayada acertou chute de longa distância para empatar. Bola defensável para Diego Alves. Castigo para quem se mostrou inconstante durante os 90 minutos.


Na primeira prova de fogo, o Flamengo mostrou pouco para vencer um River Plate em crise. Mostrou pouco para empolgar um torcedor com o pé tão atrás na Libertadores.

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