WTorre pode impedir Palmeiras de jogar no Allianz Parque por quase 300 dias em 2018

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WTorre pode impedir Palmeiras de jogar no Allianz Parque por quase 300 dias em 2018



O Palmeiras pode ficar cerca de 300 dias sem poder utilizar o Allianz Parque ao longo do ano de 2018. Tudo por conta da WTorre, que notificou o clube sobre as datas que pretende utilizar o estádio na próxima temporada, segundo apurou o ESPN.com.br.

A construtora avisou o Palmeiras oficialmente de que pode solicitar pelo Allianz à disposição quase 300 dias durante todo o ano de 2018, de olho na promoção de shows e atividades corporativas.

Ocorre que, para cada evento promovido, a WTorre precisa também de vários dias para montagem e desmontagem dos equipamentos, preparação do estádio e outros pontos de organização que precisam estar nos conformes durante cada show.


Por força de contrato, o Palmeiras não pode fazer muito contra a vontade da construtora. E o problema não é apenas atuar longe de seu estádio, onde costuma ter bastante força, e sim quanto o clube vai perder em termos de bilheteria.

Para se ter uma ideia, em 24 jogos em seu estádio apenas em 2017, o Palmeiras já arrecadou R$ 50 milhões em bilheteria no Allianz Parque, o que dá uma média de mais que R$ 2 milhões por confronto, em números brutos. A média de pagantes no local é de 32 mil pessoas por duelo.

Esse ano, foram quatro jogos no Pacaembu, com R$ 3,5 milhões de renda e média de 25,9 mil pessoas por partida - já no Allianz, foram 32,5 mil pessoas por duelo.






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Hoje mesmo, pela 29ª rodada do Brasileirão 2017, por exemplo, o clube atua no Pacaembu por conta de show do cantor John Mayer no Allianz. O adversário será a Ponte Preta, às 20h.


Se a WTorre realmente tirar o Palmeiras do Allianz por cerca 300 dias - distribuídos ao longo dos 12 meses do ano -, a equipe paulista atuaria aproximadamente 10 vezes apenas em seu próprio estádio durante toda a próxima temporada.

RUSGA ANTIGA

O Allianz Parque há tempos é motivo de briga entre Palmeiras e WTorre, com direito a duas arbitragens abertas no sistema judiciário.

Por força contratual, compete ao clube as operações da arena em datas de partidas da equipe de futebol profissional graças a uma cláusula prevista na Escritura de Superfície, assinada em 2009. O item 4.6 do documento antecipa que, para os duelos oficiais do time - previstos nos calendários da CBF, FPF e Conmebol -, a WTorre dá a Arena em comodato para o Palmeiras. Por outro lado, empresa é a detentora das operações de todos os outros casos envolvendo o Allianz Parque, como shows, eventos e amistosos. Por exemplo, o time não pode sequer treinar no estádio sem a permissão da construtora devido à Escritura de Superfície.

Procurado, o Palmeiras não quis comentar as informações da reportagem. A WTorre, procurada na noite desta quarta-feira, por sua vez, não havia respondido até a publicação. Após a matéria ser publicada, a direção da construtora enviou o seguinte comunicado oficial, colocado a seguir na íntegra:

"Carta da diretoria do Allianz Parque

O Allianz Parque é o modelo de negócio mais vitorioso de uma arena multiuso no Brasil e começa a se tornar referência internacional. E por que o modelo é vitorioso? Porque a Sociedade Esportiva Palmeiras, proprietária do antigo Palestra Italia, teve a capacidade de negociar o maior acordo da história do futebol brasileiro. Neste acordo, o clube ganhou um estádio ultra moderno, viu a capacidade de sua casa crescer de 27 mil para 42 mil pessoas, manteve 100% da receita de bilheteria dos jogos, ganhou novas receitas e deixou, a cargo de uma empresa privada, todo o investimento e o risco do negócio.

Em contrapartida, a empresa tem controle da agenda para a realização de outros eventos (além dos jogos de futebol do Palmeiras), para que o investimento feito para erguer o novo estádio e os 22 mil metros quadrados em novas instalações para o clube social, seja recuperado.

Em menos de 3 anos, esse modelo, criticado por diversos órgãos de imprensa, pelos torcedores rivais e até por alguns membros do próprio Clube, foi colocado à prova e se mostrou extremamente bem sucedido. Não há nenhum exagero em afirmar que, assim como a aquisição do antigo Parque Antárctica e o acordo com a Parmalat, o Allianz Parque é um marco positivo e definitivo na história do Clube e que já mudou de forma extremamente positiva a história da Sociedade Esportiva Palmeiras. Desde a inauguração do novo estádio, o Palmeiras bate recordes de público, recordes com receita de bilheteria, conquistou dois títulos de expressão nacional e apresenta números exuberantes.

Esse êxito na gestão de um estádio, sem paralelo no futebol do continente, é difícil de ser reconhecido, em especial por quem (até hoje) critica o acordo entre o Palmeiras e a WTorre. Por isso, quando documentos privados trocados entre o clube e a empresa vazam (para servir apenas aos invejosos e ressentidos de plantão), nos damos o direito de não comentar e, ao mesmo tempo, de reprovar de forma veemente tal fato. Se queremos mudar para melhor a realidade do futebol brasileiro, todos os agentes envolvidos (clubes, empresas, mídia, torcida) deveriam desestimular esse tipo de prática. Da mesma forma que a TV não exibe quem invade o gramado, não deveríamos dar publicidade a práticas ilícitas.

A postura dessa gestão do Allianz Parque, o respeito dessa mesma gestão para com o Clube e seu torcedores, são intoxicados permanentemente por esse tipo de iniciativa. Entretanto, para desgosto daqueles mesmos invejosos e ressentidos de plantão, eles já perderam essa batalha. O palmeirense tem orgulho de sua arena, construída integralmente com recursos de uma empresa privada. Orgulho de torcer para o time que, mesmo sem ter a maior torcida, fez o maior acordo da história do futebol brasileiro. Orgulho de ter visto nesse período de quase três anos, verdadeiros shows da turma de Prass, Dudu, Gabriel Jesus e cia,, além do privilégio de receber em sua casa monstros sagrados como Paul McCartney, Andrea Bocelli e o palmeirense Neymar Jr.

Por tudo isso, não comentamos documentos vazados de forma antiética, cujo único objetivo é causar mal-estar. Sem nenhuma pretensão além de criar um modelo de gestão bem sucedido, nós provamos todos os dias que é possível sim um clube e uma empresa privada celebrarem um acordo de longo prazo, esse acordo ser colocado em prática com êxito e mostrar novos rumos para o esporte no país. Apesar do barulho causado pelos invejosos e ressentidos de plantão, a mais moderna e bem sucedida arena multiuso do continente é o Allianz Parque, casa do Palmeiras, gerida pela WTorre".






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