Sem terminal hidroviário, pescadores constroem escadaria para facilitar o trabalho em Porto Velho

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Sem terminal hidroviário, pescadores constroem escadaria para facilitar o trabalho em Porto Velho

Sem terminal hidroviário, pescadores constroem escadaria para facilitar o trabalho em Porto Velho


Trabalhadores da Colônia dos Pescadores iniciaram há duas semanas a construção de um acesso para facilitar o trabalho dos que sobem e descem o barranco todos os dias à margem do Rio Madeira, no porto do Cai N’Água, em Porto Velho.


“Depois que interditaram o Terminal Hidroviário tudo ficou mais difícil pra nós, e mais ainda para quem sobe e desce todos os dias esse barranco com cargas pesadas. Nosso trabalho seria menos cansativo se a empresa responsável fizesse os reparos necessários que foram exigidos para que pudéssemos retornar os trabalhos no terminal”, reclamou Alexsandro Ferreira de França, de 38 anos, que trabalha no local carregando sacas de arroz, feijão e cimento há mais de dois anos.

O Terminal foi interditado há aproximadamente oito meses, quando a Delegacia Fluvial apontou irregularidades no local, e que deveriam ser reparadas pela empresa responsável pela manutenção, contratada pelo Departamento Nacional Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas até esta quinta-feira (14) permanece interditado.

Para amenizar o problema, a Colônia de Pescadores, em parceria com a prefeitura da capital, deu início à obra de construção de uma escadaria que facilite o acesso do trabalhadores e usuários do porto. Segundo a presidente da Colônia, Marina Gomes, a Administração Municipal doou a madeira necessária para o serviço.

“Toda a estrutura já está pronta e agora só estamos esperando as tábuas para a finalização da escadaria. Os nossos pescadores merecem esse benefício. Até a próxima semana estará concluída essa parte da obra”, conta a presidente da categoria. Marina acrescenta que uma rampa será o próximo passo. Um projeto já foi apresentado para a construção da rampa na lateral da escadaria.

“Temos o apoio do Iphan e do SPU, e já estamos com o processo em andamento para que a União doe a terra para a Colônia. Assim poderemos investir nesse porto tão sonhado para os pescadores. Acredito que até o final do ano esteja tudo certo”, considerou Marina.

Ainda assim, os trabalhadores querem a retomada das atividades do terminal e torcem para que os reparos necessários sejam realizados o quanto antes. Carregando milho e banana há mais de 10 anos no Cai N’Água, Carlos Vasconcelos, de 49 anos, pede agilidade na liberação do Terminal Hidroviário. “Acho que os responsáveis deveriam agilizar os reparos que tem que ser feito no local porque isso ajudaria bastante à gente. Já se passaram mais de oito meses e até agora nem previsão de entregar. Subir esses barrancos todos os dias é muito cansativo”, disse o trabalhador.

Bismarque Nascimento, de 28 anos, trabalha carregando vários tipos de mercadorias pesadas há mais de 15 anos e relata a situação vivida por ele. “Nossa situação está muito difícil porque descer e subir barranco todos os dias é perigo até porque não temos proteção alguma. Depois que interditaram o Terminal dificultou tudo. Eu não sei se vamos poder utilizar esse acesso que estão construindo porque não carregamos peixes e o ideal seria a liberação do local”, disse.

Sem terminal hidroviário, pescadores constroem escadaria para facilitar o trabalho em Porto Velho

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