Policiais Militares serão julgados pela morte de suspeitos de integrar Facção Criminosa

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Policiais Militares serão julgados pela morte de suspeitos de integrar Facção Criminosa


 Doze policiais militares irão a julgamento no próximo dia 4 de outubro, em Curitiba. O julgamento deverá ser o mais longo, até agora, da história do estado. Os doze militares são acusados de executar cinco suspeitos que estavam em um carro roubado, um Gol com placas CMU-9672, na madrugada do dia 11 de setembro de 2009, na região do Alto da Glória, próximo ao Estádio Couto Pereira. Os cinco mortos, segundo os policiais, ignoraram ordens de parada, furaram bloqueios policiais e, após baterem o Gol, desceram do carro já tirando contra os policiais. Dois foram baleados no início do confronto, outros três, minutos depois, após nova troca de tiros. Os cinco foram levados ao Hospital do Cajuru, pelas próprias equipes da PM. Todos morreram ao dar entrada no Hospital.

Entre os policiais que vão a julgamento, está o Tenente Otávio Lúcio Roncaglio, oficial condecorado com atos de bravura e que era o oficial da ocorrência naquela noite. “Não só o Tenente Roncaglio, mas todos os demais policiais são respeitados e reconhecidamente homens exemplares dentro da corporação. Serão julgados pela morte de cinco marginais que aterrorizavam Curitiba cometendo assaltos, cometendo homicídios e que, naquela noite, acreditavam que poderiam também receber a polícia a bala”, disse o advogado de defesa dos policiais, Claudio Dalledone Junior.

As investigações mostraram que os cinco mortos naquela noite, vinham praticando assaltos há algumas semanas na capital. O gol em que eles estavam havia sido roubado semanas antes e era usado desde então para os assaltos. No dia 10 de setembro de 2009,

 horas antes do confronto, pelo menos três assaltos foram praticados pela quadrilha. Todos foram reconhecidos por uma das vítimas. As armas apreendidas pela PM, após o confronto, também foram reconhecidas pela vítima.

Dois dos cinco mortos respondiam por crimes como tentativa de homicídio, outros tinham ligação com o tráfico. Os irmãoS Salatiel Aarão Rosa e Tobias Rosa Lima, foram apontados por moradores da Vila Ana Maria, bairro de Colombo, como membros de uma facção criminosa. Em um trabalho feito pelo serviço reservado da PM, foi possível descobrir que ambos estavam recrutando novos jovens para cometer assaltos nas semanas que antecederam o confronto no Alto da Glória. A morte dos dois, segundo moradores, trouxe alívio e sensação de segurança a comunidade local.

João Carlos Frigério

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