Loja de departamento e shopping são proibidos abrir no feriado; trabalhadores protestam

Editors Choice

3/recent/post-list

Geral

3/GERAL/post-list

Mundo

3/Mundo/post-list
Na Mira do Povo

Loja de departamento e shopping são proibidos abrir no feriado; trabalhadores protestam



Funcionários da loja de departamento Havan, inaugurada   no mês de julho no município de Cacoal,  protestaram nesta quinta-feira (7) por terem sido impedidos de trabalharem no feriado da Independência do Brasil. A população também criticou a medida.

Além da havan, o Shopping Cacoal, também recém inaugurado, foi impedido de abrir - algo também inédido nesse tipo de comércio. Porém, por volta das 10h40, a praça da alimentação e o playground abriram, mas apenas com mão de obra  dos proprietários - os empregados foram impedidos de trabalhar.

O dono da empresa, Luciano Hang, chegou a divulgar vídeo pedindo desculpas a popualação e afirmando que desde que iniciou o mega projeto em todo o Brasil, esta é a primeria vez que uma de suas lojas é impedida de abrir.

"Hoje estamos dependendo de sindicatos para poder trabalhar",declarou, afirmando que são leis atrasadas, que precisam mudar. Luciano Hang acusou ainda o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços do Estado de Rondônia (Sitracom), Francisco Lima, de intransigente, de está fora da realidade do mundo atual.

O empresário acusou ainda o presidente do Sitracom de se manter no poder há 30 anos. De acordo com Luciano Hang, o Brasil tem 14 milhões de desempregados. "As pessoas querem trabalhar, senhor Francisco", disse ele no vídeo. Para Luciano, Cacoal é um cidade polo, com mais de 300 mil habitantes, além de receber visitantes de regiões próximas, "portanto é inadmissível a atitude do presidente do sindicato". Ele conclamou a população para mudar essa medida. Ele

De acordo com a gerente da filial Maria Reis, o dia não trabalhado gera prejuízos aos colaboradores, tanto para empresa quanto para os funcionários, já que eles ganham percentual em cima das vendas, além de outros benefícios.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços do Estado de Rondônia (Sitracom), Francisco Lima, disse que a determinação está baseada na Convenção Coletiva de Trabalho.

A empresa emprega 100 colaboradores em Cacoal de forma direta. A concentração inicial de parte destes funcionários foi na praça municipal, mesmo local onde foi realizado o ato cívico.

De acordo com a gerente da loja, os funcionários não seriam explorados trabalhando no feriado, pelo contrário, pois receberiam benefícios.

“Trabalhando no feriado os funcionários recebem 100% de hora extra, ganham duas folgas na semana, vale-alimentação, comissão sobre vendas de produtos, além de uma premiação. Então por cima, podemos dizer que cada colaborador perdeu cerca de R$ 300 no vencimento”, contou Maria.


Na página oficial da Havan, o dono da empresa, Luciano Hang, diz que das 100 lojas distribuídas pelo Brasil, apenas Cacoal não está aberta no feriado de 7 de setembro e pede desculpa para a população que não pode ‘aproveitar’ a loja.

“Quero pedir desculpas ao povo de Cacoal e de toda a região, por hoje, dia 7 de setembro, a Havan estar fechada, não por culpa nossa”, disse Luciano em parte do vídeo.

Segundo o presidente da Sitracom em Cacoal, Francisco, as lojas não abriram no dia 7 de setembro devido a uma Convenção Coletiva de Trabalho, onde diz que durante cinco feriados do ano não poderão escalar os funcionários para o expediente.

Entre esses feriados está o da Independência. A determinação também se aplica para lojas de departamentos e shoppings.

“Diante de todos os feriados nacionais, municipais e federais, ficou decidido que cinco feriados não podem utilizar a mão de obra do trabalhador. O Sitracon representa os interesses dos trabalhadores e não empresarial, então nós não podemos por causa de nenhuma empresa, liberar a utilização da mão de obra nesses dias”, explicou o presidente.

Os funcionários estavam com cartazes, carro de som e gritando palavras de ordem. Além da praça municipal, os participantes seguiram pelas ruas da cidade, onde também se concentraram em frente ao Sitracon. As empresas que não cumprissem a determinação estavam sujeitas a pagar multas de R$ 100 mil.

Fonte: G1

Postar um comentário

0 Comentários