Bon Jovi volta ao Rock in Rio mais completo e entrosado após quatro anos

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Na Mira do Povo

Bon Jovi volta ao Rock in Rio mais completo e entrosado após quatro anos



show do Bon Jovi no Rock in Rio 2017 teve uma banda mais completa e coesa do que na passagem anterior pelo festival, em 2013. Jon cantou até a voz acabar (mesmo): no fim, em "Livin' on a prayer", ele não aguentou terminar o refrão e deixou para a galera. Mas isso foi após mais de duas horas de show.

Mesmo com duas músicas a menos que o setlist previa ("In these arms" e "I'll be there for you"), eles voltaram melhores.

No Rock in Rio 2013, sobravam desfalques. Virou quase Jon solo. Além de Richie Sambora, fora da desde aquele ano, o show ficou sem Tico Torres, após cirurgia de emergência. Desta vez, Tico veio e o novo guitarrista, Phil X, entrou na formação oficial - todo soltinho, fez bons solos desde o início.

Parecia que Jon quis compensar com charme extramusical o show há quatro anos, especialmente com o marcante beijo na fã de Campinas. Dessa vez nem precisou. Ele dispensou carinhos e foi direto aos finalmentes, ou à trilha indicada para isso. Poucos têm uma sequência tão boa de hits de hard rock romântico colecionados em 33 anos de carreira.

Bon Jovi apresenta mais um sucesso do último disco: "Knockout"


Foi a plateia mais cheia para ver um headliner no Rock in Rio 2017 até agora. As caixas não acompanharam a multidão e, pelo menos do lado direito do palco, dava para ouvir bem as conversas de pessoa ao lado - inclusive reclamando do som baixo.

Ao longo do show, a coisa foi ficando mais equilibrada: um grauzinho a mais no som e a plateia menos lotada com algumas pessoas indo embora mais cedo.

Neste ano, com o tal entrosamento, o setlist passa por todas as décadas de carreira. Principalmente dos anos 80 ("Bad medicine", "You give love a bad name"), mas também 90 ("Bed of roses", "Keep the faith") e 2000 ("Have a nice day", "Because we can").

Do disco mais recente, "This House Is Not for Sale" (2016), eles tiveram a generosidade de incluir menos músicas do que o que estão tocando em média nesta turnê, apenas três. Menos tempo para o público ficar distraído.

Bon enquanto durou

A voz de Jon está bem mais fraca do que nos anos 80 e 90. Não é de agora: em 2013 já estava assim. O final deste show deixou isso claro. Mas a noite deu certo enquanto a voz durou.


O trabalho em equipe do novo Bon Jovi inclui nas tarefas de todos os músicos ajudar Jon nos vocais: claro que os gritinhos dele não são os mesmos. Mas não é aquela coisa do Aerosmith de ontem, de 2º vocalista escondido no fundo, sem nunca aparecer. É todo mundo dando raça na frente. Harmonia nota 10.


Jon Bon Jovi sobe ao Palco Mundo do Rock in Rio (Foto: Marcos Serra Lima/G1)

Jon Bon Jovi sobe ao Palco Mundo do Rock in Rio (Foto: Marcos Serra Lima/G1)

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